Já vimos! “A Arvore dos Frutos Selvagens” é uma obra modesta e humilde
Elevação pessoal e relação familiar são os temas recorrentes nesta obra, em que grandes mestres do cinema, no caso estamos falando do diretor Nuri Bilgen Seylan. Dissecam esses tópicos a ponto de produzirem obras atemporais, seja pela forma de elucidação de questões que rondam esses assuntos ou pelo simples fato de se querer contar uma historia.
O fato é que esses assuntos agitam o imaginário de todos, criando curiosidade sobre qual narrativa será adotada pelo diretor. E no longa em questão não seria diferente, o roteiro consegue estabelecer os dilemas do protagonista paralelamente ao seu objetivo e as relações familiares, principalmente com seu pai e as pessoas que estavam em volta dele durante seu crescimento e a falta de perspectiva e pertencimento que sente no local onde nasceu.
Aliado de diversas indagações sobre questões existenciais contextualizadas, seu roteiro aborda de forma diluída os outros temas da história, por exemplo a religião.
O diretor consegue estabelecer a relação de seu protagonista com o mundo a sua volta de forma singela, e eficaz, contrastando o sentimento de não pertencimento do personagem com a imensidão da vila e da cidade, utilizando-se de grandes planos abertos para intensificar isso, além de usar recursos práticos e simples, como fechar a câmera nos rostos dos personagens para estabelecer relações e criar tensão durante todo filme.
O carisma de seus personagens por exemplo o protagonista Dogu Demirkol deixa a narrativa bem refinada fazendo do filme em uma obra modesta e humilde, onde o espectador conhece todas as faces dos personagens envolvidos. Todos elementos que compõe o filme, são colocados de forma extraordinária cumprindo seu objetivo.
O longa agrada o espectador por utilizar todos os recursos cinematográficos de forma equilibrada, tornando interessante essa experiencia. O filme entra em cartaz no dia 04 de julho e deve cativar o público.