Hollywood (Netflix) | Crítica
Num misto de informações verídicas, situações fictícias, analogias a histórias já bem conhecidas, referências e participações de “personagens” emblemáticos da história do cinema e da cultura pop dos anos 40, como Vivien Leigh, Hitchcock, Lana Turner e Eleanor Roosevelt e muitos outros nomes.
Homenageando os anos de Ouro do Cinema americano, com um clima jovial exemplificando o tão sonhado “American Dream” numa época onde o glamour das grandes produções alavancava carreiras, mas que também escondia muita obscuridade e superficialidade dentro do meio.
Em Hollywood vemos jovens sonhadores, que estão em busca de se realizar profissionalmente, são perfis, e em áreas distintas, mas que se semelham na “sede” do reconhecimento de seus trabalhos duros para serem bem sucedido na indústria cinematográfica,
Trazendo em seu o enredo muita veracidade com o como eram abordadas questões de gêneros, machismo, racismo e principalmente orientação sexual, temos de modo advertido a constante relação abusiva para quem tinha o vislumbre de crescer, e as várias situações de assédio, que neste caso aconteciam com os homens, que se viam usados para conseguir seus destaques.
Um roteiro muito bem construído, que exalta a grandiosidade da época, e que explora justamente o que teria acontecido se oportunidades tivessem sido dadas, presando apenas a qualidade dos trabalhos, deixando de lado diferenças étnicas ou sexuais.
Um destaque muito especial vai ao como foi dada a abordagem aos relacionamentos, de forma madura, dando devidas atenções ao minimalismo, e a riqueza emocional dentro de diálogos, dos mais simples aos prolongados e ricos.
Entre a construção dos personagens junto a trama, é muito legal de se ver que não houveram as típicas sabotagens ao “inimigo”, que na verdade é apenas quem está disputando a mesma vaga ou interesse, afinal todos estão em busca de seus sonhos, e o intrigante é que dessa forma o roteiro pode se expandir e se preocupar com assuntos mais importantes, esquecendo daquela “encheção” de cenas desnecessárias, entregando em seu resultado final uma história bem encaminhada e dinâmica.
Distorcendo um pouco o que costuma ser apresentando e inserindo mais realidade a imagem do homem na década de 30 e 40, que em 95% das vezes é retratado como hetero, viril e muito bem resolvido em seus grandes cargos, é explorado a opressão que a sociedade fazia à homossexualidade, mesmo no meio do entretenimento, e assim impedindo muito jovens e experientes de se assumir, presando por sua imagem, optando por viverem em mentiras.
Sobre o elenco, pode parecer “puxação de saco”, mas é um festival de atores e atrizes brilhantes fazendo um trabalho lindo em seus respectivos papeis, desde os veteranos aos que estão numa constante ascensão atualmente, alguns merecem destaque especial, mas como são muitos nomes, deixo para vocês se emocionarem, dar boas risadas, e se identificarem com cada um.
São apenas 7 episódios de 45 a 57 minutos, e posso afirmar avidamente, a série está incrível, em todos os aspectos, é daquelas que vale a pena se maratonar numa tarde, e bora torcer para de destacar na temporada de premiações.