Gossip Girl (2021) | Crítica
Que Gossip Girl revolucionou a cultura pop em seu tempo de glória entre 2007 e 2012 é algo incontestável. Tendo movimentado o mundo da moda de tal maneira que os figurinos usados eram disputados por marcas, tendências foram criadas, falando sobre a Cidade de Nova York, pontos que já eram turísticos ficaram ainda mais visados após cenas importantes acontecerem em tais locais, conter hits em sua trilha sonora que marcaram importantes “plots” na história e ganhando ainda mais destaque nos charts pelo simples fato de estar presente na série, e a visibilidade do elenco que se transformaram em grandes estrelas teens na época por conta dessa plataforma.
Ou seja, trazer de volta essa série não seria um trabalho tão fácil assim, toda a construção teria que ser grandiosa ao nível do que foi antes, e agora com um “plus” afinal estamos num tempo onde o blog foi “extinto”, sites de notícias tem seu público alvo e não possui tanta popularidade assim entre os jovens e as redes sociais reinam, a cada dia uma nova “trend” e um novo meio de entrelaçar as opiniões e informações num lugar só, onde se possa criar uma hierarquia de popularidade que as pessoas vão adorar acompanhar uns aos outros e admirar aqueles que representam um estilo de vida diferente ou com uma postura ativa a alguma causa.
Eis que o desafio foi lançado e essa nova geração Gossip Girl foi criada, se passando 9 anos após os últimos acontecimentos da série anterior, época em que a Garota do Blog se aposentou, conhecemos uma nova turma de jovens ricos e poderosos da escola Constance Billard.
Dessa vez tendo a presença em seu elenco principal, os professores, que carregam importante relevância no enredo, que trará a fofoqueira mais famosa de Manhattan de volta.
Começando que para um piloto o roteiro ficou bem mais ou menos, o modo como foram introduzidos os novos personagens ficou bem a quem do esperado, histórias clichês e sem originalidade em seu conceito inicial (e não foi apenas eu que achei fraco, a crítica internacional também não comprou a ideia a princípio).
Com visuais mais modernos e cheio de estilo, a parte mais bacana de tudo é a inclusão de personagens negros no elenco, (algo que não existia anteriormente), sim temos protagonistas e coadjuvantes negras, cheias de atitude, mas é nítido o esforço que terão que fazer para conquistar o público ao nível do que já foi feito anteriormente, afinal uma das marcas registradas da série eram o quão insuportavelmente mimadas, mas ao mesmo tempo com muita personalidade e carisma eram seus perfis.
Com um “novo Chuck Bass” bissexual, que aparentemente irá movimentar bastante um determinado núcleo da série, trazendo aí outra representatividade que não era tão abordada.
Agora vamos falar da famigerada e auto intitulada escolha da nova Gossip Girl (sim sabemos quem é logo no primeiro episódio), que foi um tanto duvidoso, superficial e imaturo, (espero de coração que se provem o contrário no desenvolvimento), desculpa a quem curtiu, mas não faz o menor sentido a motivação infantil no qual foi feita essa escolha.
Em 20 minutos de episódios já reconhecemos fácil quem serão “os novos” Dan Humphrey e o ausente de simpatia e história Nate Archibald dentro dessa nova história, (e sim ambos são citados em diálogos um tanto piegas durante o piloto).
A grande questão a ser provada é, Gossip Girl conseguirá atingir um patamar semelhante de popularidade ao que conseguiu no passado, ou apenas será mais um exemplo de série cujo funcionou na época pela originalidade, mas que hoje em dia se torna cafona e ultrapassado em tentar abraçar as mesmas características que surtiram efeitos positivos antes, mas que com tom contemporâneo não cola? Nos resta esperar que melhore e acompanhar as cenas dos próximos episódios (literalmente…).