“Game Of Thrones”: Os melhores e piores momentos do último episódio da série

Não precisamos dizer que essa postagem está recheada de spoilers do último episódio da temporada final de “Game Of Thrones“, que foi ao ar neste domingo, 19/05, pela HBO. Por isso… Atenção: Há spoilers à frente!

Uma temporada mediana não poderia ter sido finalizado de outra modo, porém estamos falando do desfecho de uma série que desde 2011, quando foi lançada, têm sido referência como algo grandioso. Inúmeros fãs pelas redes sociais criticaram esse último episódio… têm também os que elogiaram, mas a maioria dos comentários não foram agradáveis ao desfecho de GoT.

Tendo você gostado ou não desse último episódio, elencamos aqui alguns momentos para discuti-los.

A série começa muito bem, com uma qualidade de fotografia extraordinária  aos caminharmos junto com Tyrion (Peter Dinklage) por toda uma King’s Landing devastada. O primor na qualidade segue Tyrion ao se deparar com os irmãos mortos, debaixo dos escombros… tirando qualquer teoria absurda de que eles teriam sobrevivido após o quinto episódio. Ponto positivo!

Outro ponto positivo é o discurso de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) diante dos imaculados e dothrakis. Todo o clima de vitória é enaltecido com a cena que acompanha uma Rainha orgulhosa de seus atos mas não totalmente contente, buscando por mais guerras. Isso tudo diante das expressões inconformadas de Jon Snow (Kit Harington), Tyrion e Arya Stark (Maisie Williams) que caminha por entre os dothrakis.

O destaque é para essa cena específica:

Ainda falando em pontos positivos do episódio, temos que destacar aqui a cena da morte de Daenerys pelas mãos de Jon. Apesar da internet ter se dividido quando ao desfecho da Rainha… detalhamos aqui um pouco sobre essa trajetória de sanidade e loucura da Dany…  vale destacar a grandiosidade na cena… que já se inicia esteticamente incrível com Drogon se revelando após estar ‘camuflado’ por debaixo da neve até a destruição total do Trono de Ferro, que se transforma em larva. 

A cena também possui uma sensibilidade muito forte quando Dany está diante do Trono de Ferro. A sequência dela se aproximando do objeto de seu desejo é muito simbólico e lindamente filmado no episódio.

Saiba porque Drogon não mata Jon Snow

Apesar de ser compreensível que Drogon poupa a vida de Jon após ele matar sua mãe (explicamos esse detalhe aqui), não dá muito para ‘engolir’ o fato de que o Verme Cinzento (Jacob Anderson) tenha aceitado que Snow retornasse na Patrulha da Noite e permanece por lá como forma de punição. É meio incoerente alguém que tenha sido tão devoto e fiel a Dany se abster de uma punição mais severa a quem a matou.

Enquanto há uma explicação para Jon Snow não ter sido queimado vivo pro Drogon, o mesmo não podemos ressaltar para ele ter conseguido sobreviver das mãos do líder dos Imaculados.

Ok, ele foi obediente ao novo Rei eleito, mas mesmo assim tal fato de deixar Jon Snow sobreviver e ter um ‘final feliz’ aparenta mais a um desleixo dos roteiristas em impactar com mortes chocantes, como assim fizeram com a degolação de Ned Stark (Sean Bean) e toda a chacina surpreendente no ‘Casamento Vermelho‘.

Outro detalhe que careceu de um pouco mais de ‘carinho’ por parte dos showrunners David Benioff e D.B. Weiss foi o diálogo entre Jon e Tyrion, enquanto o pequeno duende aguardava que sua sentença fosse cumprida por ter traído a Rainha. 

O diálogo se limitou a explicar os fatos ocorridos no episódio da semana anterior, com Tyrion dizendo que traiu o melhor amigo e reafirmando que Varys (Conleth Hill) estava coberto de razão sobre o desfecho de Dany ou com algumas frases bem piegas do tipo “Então os lemas das Casas nascem conosco e definem quem somos?“… frases parecidas ou até idênticas já foram ditas inúmeras vezes em episódios anteriores. 

Foi bem fraco esse diálogo, visto que a série já nos entregou verdadeiras obras primas… No final das contas, Jon foi convencido de que a melhor maneira era o de matar a amada.

Tivemos Bran Stark (Isaac Hempstead Wright) ou o Corvo de Três Olhos sendo coroado Rei dos Sete reinos, Sansa Stark (Sophie Turner) sendo coroada Rainha do Norte e Arya Stark navegando rumo a terras desconhecidas, enquanto o bastardo que na verdade era um Targaryen retorna para a Patrulha da Noite e, já sem a ameaça dos White Walkers, acompanha os selvagens em busca de uma nova moradia.

O desfecho para os principais personagens da série já era meio que de conhecimento, tendo em vista como a série caminhava nessa temporada. O grande problema foram as pontas soltas que ficaram com tais desfechos. Tirando Sansa e Arya que, de certo modo, fecharam o ciclo de suas jornadas; Bran e Jon têm muito ainda que se explicar…

Afinal de contas, todo o mistério envolvendo Bran e suas revelações foi pouco explicado e, afinal de contas, qual era o real motivo para que Snow tenha sido ressuscitado… era, simplesmente para matar sua amada? E o Rei da Noite… é só isso? Matou o zumbi sombrio lá e fica por isso mesmo?

Bom, no final das contas teremos que aguardar a boa vontade de George R. R. Martin para nos entregar a sua visão de um final para tudo isso, através do livro “Os Ventos do Inverno” aguardado por longos oito anos.