Fim de Festa | Crítica
Dirigido por Hilton Lacerda (Tatuagem), chega aos cinemas nessa quinta-feira (05/03) o novo filme da Imovision, “Fim de Festa”, longa com mensagens implícitas de assuntos extremante importantes a serem destacados. Que exala a brasilidade em todos os sentidos.
O filme segue dois dramas simultâneos, que de certa forma estão ligados. Em primeiro plano acompanhamos quatro jovens curtindo a ressaca pós-carnaval, onde a liberdade sexual, a militância e toda essa “onda” juvenil contemporânea sendo partilhada à atual sociedade, já o segundo plano é focado num crime, onde uma turista francesa é morta, e toda a investigação é feita pelo pai de um dos jovens, um Policial Civil, que retorna mais cedo de suas férias.
Partindo de uma premissa simples, o filme não é indicado ao espectador “comum”, temos uma obra num estilo independente, sem muita ação, onde tudo é inconspícuo, o enredo discute desde a uma crítica à política, a diversidade presente e atual do pais, e as relações familiares, mas tudo com o seu próprio ritmo, sem pressa em entregar os fatos.
Com uma ambientação real de uma Olinda em plena época de carnaval, diálogos espontâneos e construídos de forma verossímil, o filme balanceia, a agitação da noite, ao ponderar das investigações, são núcleos distintos que se intercalam que compõem um “produto final” de muita qualidade.
Claramente, não chamará atenção como outros títulos mais populares do cinema nacional, até porque trata-se de uma produção bem menor, entretanto, apreciadores de uma “vibe” alternativa com virtudes e uma boa história, assistam, que vale o ingresso.