Espiral – O Legado de Jogos Mortais | Crítica
Prometendo uma nova história no “Universo Jogos Mortais”, focando agora um pouco mais em toda uma ambientação policial, estreia nesta quinta-feira (10/06) nos cinemas, Espiral – O Legado de Jogos Mortais. Já assistimos o filme com exclusividade, na cabine de imprensa, e contamos agora o que achamos.
O longa promete, porém, traz novamente todo aquele modo sádico e perturbador das mortes no qual tornaram a franquia conhecida. Protagonizado por Chris Rock, a história agora carrega uma abordagem bacana e bem atual, sobre a corrupção policial como plano de fundo, mas a qualidade e a ousadia do tema escolhido param por aí, pois mesmo com uma ideia boa a execução é pífia.
Com uma crítica implícita, problematizando o departamento policial, sendo visto numa perspectiva de um investigador negro que não cedeu ao esquema em questão, podiam pelo menos utilizar da “plataforma” uma contextualização ou ao menos menção sobre a repressão e brutalidade dos mesmos, enriquecendo assim ainda mais o roteiro. Contudo, infelizmente tudo acaba sendo tratado de maneira vazia e sem profundidade alguma, que chega a ser questionável se o tema realmente era pra ser trabalhado ou não passou de apenas uma alusão despretensiosa dentro do enredo.
Que Chris Rock é um ótimo ator e humorista é algo inquestionável, porém nesse personagem, nessas circunstâncias que ele passa, e toda a carga “emocional” necessária, não convence. Em contrapartida ele traz um exagero caricato e inúmeras tentativas de criar alívios cômicos, em momentos inoportunos. Faltou um melhor desenvolvimento do personagem.
Enfim, é complicado levar a sério demais um filme como esse, mas tratando-se do gênero, o esperado para que a obra seja “completinha”, teria que apresentar no mínimo bons momentos de tensão, pelo menos um “plot twist” que cause impacto, e inovação de alguma forma. Afinal, trata-se de uma franquia de 8 filmes, então esse seria de fato o desafio. Mas infelizmente o diretor Darren Lynn Bousman