“Desejo de Matar” | Crítica
A produção de um remake sempre apresenta maiores discussões do que um filme original. O primeiro filme “Desejo de Matar” foi lançado em 1974, tendo como protagonista o ator Charles Bronson e direção de Michael Winner. O filme fez sucesso na época, sucedendo continuação com “Desejo de Matar 2, 3, 4 e 5.”
Nos cinemas atualmente, o diretor Eli Roth conta novamente a história do Dr. Paul Kelsey, interpretado por Bruce Willis. De certa forma, o remake do diretor trás o fato de que a legalização do porte de armas no país é algo que favorece a população em prol da segurança.
O roteiro de Joe Carnahan tenta levar a discussão do porte de armas de uma forma imparcial, sempre colocando cenas da mídia norte-americana falando sobre o novo justiceiro, que no filme é apelidado como “Anjo da Morte”, porém, a narrativa acaba se tornando repetitiva e cansativa, deixando a desejar.
Infelizmente, Joe não soube aproveitar com profundidade o assunto, ainda mais pela situação atual dos Estados Unidos.
As cenas de tiroteio, perseguição e agressão não mostram nada de novo do que já vimos em filmes desse gênero, tornando o longa maçante.
Fica a curiosidade de assistir o filme justamente por causa de Bruce Willis, pois o ator ficou sumido por um tempo das telonas.
De início, Bruce interpreta Paul de uma forma tão pacífica e de repente, ao decorrer do filme, ele se torna praticamente uma máquina de vingança. O ator não demonstrou interesse em trazer empatia ao personagem, até porque a mudança de personalidade não fica esclarecida em sua atuação. Percebe-se também que a personalidade dos outros personagens são fracas, trazendo atuações escassas e insignificantes.
“Desejo de matar” é um filme peculiar. De início, o espectador fica instigado com a história em si, mas ao decorrer do filme nota-se que é apenas mais um clichê irrelevante.
https://www.youtube.com/watch?v=QrycB1AJjc8