“Deadpool 2” | Crítica

E o anti-Herói mais polêmico dos últimos anos voltou, mostrando ter conteúdo e atrevimento para causar ainda mais em sua sequência. Em “Deadpool 2“, Wade (Ryan Reynolds) volta trazendo as mesmas mensagens do primeiro filme, porém com abordagens diferentes, elevando os assuntos para amor, família, amizade e vingança de modo que o previsível torne-se surpresa.

Com muito mais referências a cultura pop, foram diversos momentos de riso com seu sarcasmo peculiar, piadas irônicas, e um afronte pesado na “concorrência” em várias situações.

Uma trilha sonora divertida, cheia de clássicos dos anos 80 contrastada com beats mais atuais e “Dubsteps” que intensificaram ainda mais as cenas de ação, principalmente as lutas e as sequencias em câmera lenta, quase sempre conduzida pelo próprio em sua tradicional quebra da quarta parede.

O excesso de piadas como no primeiro incomodou, mas não a ponto de “danificar” drasticamente a qualidade do filme, apenas faltou coerência no fator emocional. Algumas cenas que foram produzidas para lado melancólico da trama se perderam pelo alívio cômico que acabou ultrapassando a barreira do “alívio” indo ao escrachado o que dificultou a comoção. Porém é Deadpool e quem sai de casa para assisti-lo, sabe muito bem o que esperar.

Um dos pontos altos são os novos personagens. O bom da narrativa principal do filme é que ele não conta com um elenco tão grande, o que possibilita aprofundar e destacar cada um. Os novos integrantes chegam para somar carisma a narrativa, como são introduzidos, sua característica bem singulares, e claro a competência do elenco em entregar uma química e um comprometimento que fica nítido e potencializado no assunto qualidade.

Destaque para a Dominó (Zazie Beetz), sem “grandes poderes” simboliza e representa muito bem a cota de personagem novas femininas e emponderadas, que tem um carisma surpreendente.

E pra finalizar as cenas pós-créditos são sensacionais. Tenho que admitir a surpresa em uma delas, com o nível da ousadia.

“Deadpool 2” cumpriu o que se propôs a fazer novamente, um filme de entretenimento fácil no sentido de aceitação, com um humor negro indelicado e proposital, um festival de lutas bem dirigidas e sangrentas e mesmo com tudo isso, tem sua moral sem se sobrecarregar no final.