Crítica: “Vox Lux – O Preço da Fama”

Crítica: “Vox Lux – O Preço da Fama”

Complexo, intenso e sarcástico; talvez sejam as palavras para descrever esse novo longa do diretor Brady Corbet.

Vox Lux – O Preço da Fama“estreia nesta quinta-feira (28/03) e conta com Natalie Portman e Jude Law no elenco.

O filme conta a historia de uma jovem que após passar por um trauma na infância, se torna um estrela da música pop em ascensão. Entre seus vícios e seu alcoolismo, vemos o impacto que o acontecimento teve em sua vida.

(Imagem: Paris Filmes)

Dividido em 3 atos bem distintos, o longa nos apresenta um drama que em determinados momentos parece com um suspense, em um misto de musical, ou seja, é complicado até classifica-lo num gênero definitivo.

Mostrando que realmente é diferente do convencional, os créditos finais são apresentados no início, o que dá uma “quase alívio” depois do que acompanhamos no primeiro ato (espere por cenas fortes).

Com um ritmo inconstante, o filme aborda um assunto já bem usado na indústria porém de forma completamente diferente, utilizando de artifícios psicológicos para dar ainda mais impacto dentro da narrativa (que aliás é feita brilhantemente pelo ator Willem Dafoe).

(Imagem: Paris Filmes)

Apesar de proposta simples, ficam questões que poderiam ter sido mais exploradas e de forma mais direta também. Ele caminha para um ponto até que, do nada, muda. Muito sobre a protagonista não foi dito e, com isso, desperta curiosidade de ir mais além do que é mostrado.

É inegável que a interpretação da Natalie Portman esta esplêndida e digna de ser premiada,  mas junto ao contexto confuso que sua personagem carrega, acaba tornando tudo muito vazio.

(Imagem: Paris Filmes)

O filme finaliza com um “ar” de “é só isso?“, deixando muita a desejar.

Questões técnicas são de “tirar o chapéu“, ótima fotografia, uma trilha sonora que se adapta ao que é proposto e um elenco que cumpri exatamente o que é esperado, mas mesmo assim a sensação de algo inacabado ronda o pensamento.

Provavelmente dividirá opiniões dos críticos e vale sim a pena assisti-lo e criar seu própria interpretação ou entender o que o diretor quis transmitir.