Chega às livrarias de todo o País o terceiro livro infantil de Monteiro Lobato ilustrado por Mauricio de Sousa
Monteiro Lobato continua encantando e cativando seus leitores. Desde 2019, quando sua obra entrou em domínio público, os leitores mirins passaram a ter acesso às mais diversas edições deste autor que, sem dúvida, contribuiu para que inúmeras crianças e jovens adquirissem o hábito e o gosto pela leitura.
No ano passado, Mauricio de Sousa e a Girassol Brasil Edições decidiram abraçar a missão de lançar toda a obra de Monteiro Lobato com a turma mais carismática dos gibis – a Turma da Mônica, com atualização de Regina Zilberman, uma das maiores especialistas brasileiras em Monteiro Lobato.
Em apenas dois meses após seu lançamento, Narizinho Arrebitado teve mais de 20.000 exemplares vendidos. Em seguida, Mauricio de Sousa & sua turma chegaram às livrarias com o segundo livro infantil escrito por Monteiro Lobato: O Sítio do Picapau Amarelo, com um afetuoso texto de apresentação da atriz Nicette Bruno (a Dona Benta do Sítio no seriado da TV Globo), publicado pela Girassol Brasil.
Ao todo, as duas obras já venderam 30.000 exemplares apenas em 2019. Agora chegou a vez de um dos mais emblemáticos livros de Lobato: Caçadas de Pedrinho e a Girassol Brasil Edições é a primeira editora a publicar no Brasil este título. Logo de início, a notícia alardeada pelo Marquês de Rabicó deixa a todos do Sítio preocupadíssimos: uma onça está rondando o paraíso de Dona Benta. Ficaram preocupados, sim, mas não acovardados, veja bem… . Narizinho, Pedrinho, Emília e todos do Sítio, inclusive o sábio Visconde de Sabugosa decidem “improvisar” uma caçada à tal onça – mas sem avisar dona Benta e tia Anastácia, claro.
O que a criançada deste sítio não imaginava é que a bicharada contra-atacaria e que durante essa aventura de suspense e cheia de humor e fantasia um rinoceronte fugiria de um circo e fosse para o sítio de Dona Benta…
E como o Pedrinho do século XXI vai à caçada??
Escrito em um período em que questões como o desmatamento da Floresta Amazônica não era uma tônica e que não se tinha consciência de que o hábito de fumar é extremamente prejudicial à saúde, este Caçadas de Pedrinho teve os trechos originais com enfoques intoleráveis nos dias atuais editados.
Diante da consciência que o mundo conquistou tanto quanto aos direitos humanos quanto a hábitos de preservação ambiental, entre tantos outros, nesta obra o leitor encontra notas de rodapé com informações complementares contextualizando diversas temáticas, além de esclarecer ao leitor, por exemplo, o significado de nomes e expressões tipicamente brasileiros presentes na obra original mantidas aqui como Orelha-de-pau, pé de grumixama, cacho de brejaúvas, pito de barro, expressões de tratamento (como Espera que te curo), entre tantas outras informações que sempre enriqueceram e diferenciaram a obra de Monteiro Lobato a partir da década de 1920.Sem incorrer no tipo clássico de histeria do politicamente correto, mas, ao mesmo tempo, guardando o cuidado para com a necessária sensibilidade que devemos ter com os animais, a narrativa descreve o conflito entre humanos e animais de uma forma criativa e divertida.
O mesmo tipo de sensibilidade para com os animais surgirá quando as crianças deverão defender o rinoceronte Quindim de Uganda, raptado da África por um alemão inescrupuloso e caçado pelo “Departamento Nacional de Caça ao Rinoceronte”. Aqui, a narrativa faz uma clara crítica aos abusos praticados por um Estado oportunista. Clássico e atual, o encontro entre Monteiro Lobato e Mauricio de Sousa é uma pérola para a literatura infantil brasileira.
Crédito: Informações via assessoria de imprensa