“Casal Improvável” | Crítica
Acredito que um título de comédia romântica nunca fez tanto sentido quanto a deste, ao se deparar com Seth Rogen e Charlize Teron num cartaz e tentar interliga-los de forma romântica é inevitável não presumir que lá vem bomba, e estranhamente esse pré-conceito é dilacerado quando assistimos ao filme.
O filme acompanha Charlotte Field (Charlize Teron), secretaria de estado do atual presidente dos Estados Unidos, que tem pretensão de concorrer à presidência no ano seguinte. Cansada dos profissionais que a acompanham decide contratar um antigo amigo Fred Flarsky (Seth Rogen), para ajudá-la a escrever seus discursos, assim dando um tom mais leve e em alguns momentos mais cômicos em suas notas.
Aos poucos conforme vai conhecendo-a mais ao fundo, Fred desenvolve um sentimento maior do que a admiração, a afeição é mutua e ambos vão vendo que esse envolvimento inesperado está longe da naturalidade dos perfis dos dois e causará uma reação avessa a tranquilidade.
Um encontro das piadinhas estilo Seth Rogen junto a um teor político sem se levar a sério, mais bem inteligente com suas abordagens.
Criando alusões ao que se passa na política americana, mostrando a situação da mulher num meio ainda muito machista e toda a batalha em tentar coloca-la no poder, e explorando um presidente que antes de se candidatar participava de um programa de TV e que não faz a mínima ideia do que está fazendo ao governar o pais mais influente do mundo, o longa nos arranca muitas risadas mostrando que o une as pessoas de forma real são seus princípios e ideais.
A todo momento encontramos uma Charlize Teron atípica, bem distinta de suas últimas personagens no cinema, e nitidamente vemos que ela se divertiu embarcando numa comédia pra variar um pouco, Seth Rogen está em sua zona de conforto, na qual se dá muito bem e mais uma vez surpreendentemente traz uma comedia extremamente divertida.
Dirigido porJonathan Levine e com os mesmos produtores de “Vizinhos” e “Ligeiramente Grávidos“, “Casal Improvável” é um filme divertidíssimo, cheio de referências, uma trilha sonora para levar qualquer um a uma viagem nostálgica aos clássicos dos anos 80 e uma mensagem interessante a ser passada sobre o que realmente importa, e uma crítica implícita sobre politica.