Caminhos da Memória | Crítica
Chega aos cinemas hoje (19/08), uma boa opção para quem curte um bom Sci-fi com direito a grande produção e um “time de peso” no elenco, como Hugh Jackman (Wolverine), “Caminhos da Memória”. Já assistimos o longa com exclusividade, a convite da Warner, e contamos agora o que achamos.
Dirigido e produzido pela cocriadora de uma das séries mais fantásticas dos últimos anos, “Westworld”, Lisa Joy traz vários elementos que lembram a forma como o universo do seriado foi criado, optando por apresentar paisagens em planos abertos, dando ainda mais destaque na destruição global onde se ambientaliza o filme.
Com um tom futurista muito bem explorado, que tem como foco principal a visualização de lembranças do passado como meio de interrogação policial, e também de certa forma recreativo. O longa debate uma interessante reflexão sobre o como nos importamos e nos apegamos ao passado, num clima complexo que segue uma narrativa semelhante ao que Nolan costuma produzir, com tamanha audácia, mas infelizmente com menos profundidade.
Flertando timidamente com diversos temas que carregam “n” possibilidades de se estender e que foram apresentados e tem sua importância dentro da construção dos personagens e da história em si, o longa simplesmente ignora os aprofundamentos.
O filme tem grandes ambições, carrega boas referências, tem um tom provocativo interessante de se questionar, mas foca demais numa investigação fraca junto a uma história de amor que funciona, mas que se distancia da proposta inicial. Mesmo com esses defeitos, que vale a pena encarar algumas horas de telona, pois é um filme bem equilibrado em fatores técnicos, e boas atuações (destaque para a reunião Westworld, Angela Sarafyan e a maravilhosa Thandiwe Newton). Então, vale o ingresso para imergir nessa aventura pretensiosa.