“Cadê Você Bernadette?” | Crítica

“Cadê Você Bernadette?” | Crítica

Estreou nesta quinta-feira (07/11) nos cinemas o mais novo filme do premiado diretor Richard Linklater (“Boyhood” e a Trilogia “Antes do Amanhecer“), “Cadê Você Bernadette?” que conta em seu elenco com Cate Blanchett, Billy Crudup, Kristen Wiig e Judy Greer.

No longa antes de viajar com sua família para a Antártica, uma arquiteta que sofre de agorafobia (medo de estar em lugares abertos ou em multidões), some sem deixar pistas. Sua filha, então, a partir de “rastros deixados” tenta descobrir para onde sua mãe foi e quais foram as razões de seu desaparecimento.

Emma Nelson como Bee Branch e Billy Crudup como Elgie Branch (Imagem: Divulgação)

Com uma história principal já bem utilizada em outras produções, entretanto com uma visão voltada ao “se encontrar” em seu ambiente de trabalho, no que te faz feliz, no desafio de achar algo que te impulsione a sair da sua bolha, o drama carrega uma importante mensagem da acomodação rotineira que se faz presente na vida de muita gente.

Como nem tudo aquilo que se almeja é o que é entregue; além da mensagem, o filme segue levemente arrastado, monótono, as situações demoram demais para acontecer, e estranhamente não há culpa alguma por parte de seu elenco, que esbanja em seus respectivos papeis um carisma interessante.

Há uma irregularidade incomoda no filme, que em determinados momentos almeja pela presença de seus coadjuvantes para tornar a cena mais dinâmica, sabe quando você espera por um clímax para fechar um ato?

Cate Blanchett como Bernadette Fox e Emma Nelson como Bee Branch (Imagem: Divulgação)

Além do trabalho impecável de Cate Blanchett, um destaque mais que especial vai para a atriz Emma Nelson, que interpretou Bee a filha da protagonista, com uma naturalidade em se expressar e uma aparente facilidade em emocionar, vale guardar esse nome como uma promessa futura.

Apesar de leve, o filme culmina em uma angustia pessoal, ele desenvolve um diálogo implícito sobre os sacrifícios que uma mulher faz para apoiar sua família, mesmo que isso tenha que reprimir seu sonhos, se colocando assim em segundo plano, sobre a tristeza que suas escolhas deixam mesmo que independam da quantidade de amor envolvido.