Bloodshot | Crítica

Bloodshot | Crítica

A mais nova adaptação de HQs para as grandes telas, surpreendentemente não vem da Marvel e nem da DC e sim da editora Valiant, que apesar de pequena tem sua popularidade maior no EUA. Conhecida por explorar personagens fortes, violência e muito sangue em seus quadrinhos, sua estreia nos cinemas vem com “Bloodshot”, da Sony Pictures.

E engana quem pouco ouviu falar sobre, deduzindo algo experimental e com uma produção mediada. É nítido ao assistir que a Sony desembolsou uma fortuna para recriar toda a experiência tecnológica que o longa carrega, sem contar com o protagonismo de nada mais nada menos que Vin Diesel, um dos atores de maior destaque no gênero de ação no mundo.

A trama apesar de grandiosa em seu “festival” de feitos é simples, um ex-soldado que se torna uma máquina de matar biotecnológica, onde após passar por um experimento milionário, possui a capacidade de se reconstituir rapidamente graças a uma nanotecnologia implementada em seu sangue, assim lhe dando também uma força sobrehumana.

Grandes editoras anteriormente citadas nos acostumaram muito bem com seus filmes lineares, que contam sim com muito CGI, mas ao mesmo tempo, possuem um roteiro bem construído (na grande maioria das vezes, com algumas exceções), então ao anunciar uma nova era de um novo “Super-Herói”, criar expectativas é inevitável, ainda mais tratando-se da mesma empresa vinculada à “introdução” de Homem Aranha nos cinemas.

Bloodshot não é um filme ruim, apresenta o personagem muito bem, cenas de ação de tirar o fôlego, com tudo o que se tem direito, muito bem produzidas, um elenco bem escolhido, tempo de duração que condiz com o que é apresentado, sem se estender no desnecessário ou deixar para traz furos muito grandes, mas infelizmente está longe de ser perfeito.

Por ser uma de suas marcas a violência, faltou dar mais personalidade e deixar mais explícito suas lutas e as cenas de ação no geral, tentando assim se aproximar ao que a HQ entrega. A falta de carisma do personagem também é algo que incomoda, é sim apresentado seu lado mais sensível ao lidar com a perda, mas é tão rápido e superficial que as poucas vezes que isso é abordado fica complicado de se acreditar na veracidade, outro ponto é a inexistência de química entre os personagens, parece que cada um fez sua parte e ponto, obviamente é nítido que houve a tentativa dentro do roteiro, mas fracassou na prática.

Enfim, o longa não deixa de ser uma experiência muito bacana com sua ação, porém, dificilmente sairá do estigma de ser chamado de mais um filme do Vin Diesel.