“Bixa Travesty”, documentário protagonizado por Linn da Quebrada, estreia em 21 de novembro
Linn da Quebrada é uma cantora, atriz e performer à procura da desconstrução de paradigmas e estereótipos. Dona de uma forte e ousada presença no palco, é ela o foco do documentário “Bixa Travesty“, dirigido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, com produção do Canal Brasil e distribuição da Spcine e da Arteplex Filmes.
O filme, que ganhou prêmios no mundo todo, entre eles o Teddy Award de melhor documentário no Festival de Berlim, a melhor direção no Festival de Cartagena, e o de melhor longa do júri popular e melhor trilha sonora no Festival de Brasília, entra em cartaz no dia 21 de novembro em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Curitiba. Os ingressos para assistir ao longa terão valor promocional enquanto o filme ficar em cartaz: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).
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No dia 21, haverá sessões com debates nas principais capitais: Claudia Priscilla, Kiko Goifman e Linn da Quebrada falam em São Paulo, Indianare Siqueira e Leonardo Peçanha conversam com o público no Rio de Janeiro, Letícia Lanz e Cesar Almeida em Curitiba, Symmy Larrat e Thiffany Odara em Salvador e Amara Moira e Anna Tulie em Brasília.
Nesse mesmo dia, o longa também será exibido no CEU Aricanduva, no CEU Butantã, no CEU Caminho do Mar, no CEU Jaçanã, no CEU Perus, no CEU Quinta do Sol e no CEU Vila Atlântica com entrada franca.
Nascida na periferia da zona leste paulistana, a artista é uma grande expoente da cena musical da cidade. No filme, ela trata de assuntos contemporâneos de uma forma original e usa o próprio corpo como arte. O longa vai além dos registros dos shows e bastidores deles: cenas em um estúdio de rádio, na própria casa e na de amigos, no hospital tratando um câncer, nas ruas e em banheiros revelam a personagem em registros íntimos e afetivos. Entre os que participam da produção estão a mãe de Linn, a amiga e parceira Jup do Bairro, Liniker e As Bahias e a Cozinha Mineira.
A dupla de diretores convidou a artista para estar criativamente ativa no projeto e juntos assinam o roteiro de “Bixa Travesty“. “Achamos importante que ela pudesse decidir como seria ‘retratada’ numa narrativa fílmica. Juntos desenvolvemos um roteiro que atravessa as bordas do cinema documental, utilizando elementos ficcionais para o filme. Além disso, criamos uma dinâmica que estimulava uma produção contínua de ideias ao longo das filmagens”, contam os diretores.
Difícil definir ou delimitar a militância de Linn da Quebrada: ela é um corpo que confronta padrões conservadores da sociedade. Sua forma de atuação política é peculiar: o humor ácido é sua principal ferramenta.
“Esse lugar que eu tô, essa invenção, é o lugar que eu chamo de bixa travesti. É uma travesti, é feminino, mas também tem um lugar de bixa, que não é uma mulher. É um lugar de bixa travesti”, define Linn.