“As Rainhas da Torcida” | Crítica

“As Rainhas da Torcida” | Crítica

Há quem tenha receio sobre um filme 99% formado por um elenco mais experiente, sim, aquela galera que costuma ser os pais ou mesmo avós de grandes astros, em filmes ou séries populares, aqueles mesmos que pouco se tem diálogos ou um desenvolvimento mais completo e criativo a não ser aquelas típicas limitações e tabus de senhores e senhoras de idade. E interessantemente “As Rainhas da Torcida” chega pra trazer um pouco mais de graça aqueles que “duvidam” ou não se arriscam em apostar em seus potenciais, mesmo não tendo apenas essa mensagem a ser passada.

Essa “Dramédia” cativante que com toda certeza vai te abrir os olhos em relação ao como o olhar e as suposições que são feitas sobre a melhor idade nem sempre funcionam da maneira como imaginamos.

Após ser diagnosticada com câncer terminal, Martha (Diane Keaton) resolve aguardar pela morte numa comunidade/ condômino voltada para idosos, solitária e sem família ela quer apenas sossego e tranquilidade, é quando conhece Sheryl (Jacki Weaver), completamente o seu oposto, rapidamente tornam-se amigas e descobrem que em seus passados cultivavam uma paixão em comum, ambas foram líderes de torcida.

Como uma forma de se unirem ainda mais, e darem uma nova chance a essa pratica que havia sido interrompida na adolescência, juntas elas criam um clube onde elas incentivam a pratica de “cheerleader” com mulheres acima de seus 60 anos, onde a regra é se empoderar e se divertir, mesmo que pra conquistar isso seja necessário passar por alguns empecilhos e preconceitos.

Do divertido ao emocionante, o filme nos apresenta uma “depressão” e uma busca pela felicidade atípica das tradicionais, dando um destaque importante e ilustrando a velhice que pouco vemos ser abordada de forma encantadora.

Vemos diferentes personalidades lidando com a idade e toda a pressão que vem sobre ela, e se engana em acha que a aceitação é fácil, eles estão cientes de suas limitações, mas isso não os tornam não apeteis e sim experientes e livres para experimentar e se for o caso errar novamente.

A grande metáfora é o fator “líderes de torcida”, que se materializa como essa constante busca pela felicidade e a constante cede de aprendizado, é sobre aprender e entender que não há idade para ser feliz, a busca deve ser continua e interrupta até que a consiga.

Com um elenco que esbanja talento e personalidade, fica a dica de um filme com potencial para se refletir e dar boas risadas.