Aprendiz de Espiã | Crítica
Resgatando um tom leve e uma qualidade de comédia muito nostálgica, estreou essa semana nos cinemas “Aprendiz de Espiã”, filme da Diamonds Films, que conta com a produção e protagonismo de Dave Bautista (Guardiões da Galáxia).
JJ (Dave), é um agente da CIA bem frio, com pouco, quase nenhum vínculo emocional com pessoas, as coisas acabam mudando quando é designado para uma missão secreta de vigiar uma família, onde acaba criando um laço especial com Sophie (Chloe Coleman), garota de nove anos, que desperta um “lado” pouco explorado por JJ.
Mais um título para o seleto grupo de filmes do subgênero “Grandes astros de Ação cuidam de crianças”, o longa carrega muitas qualidades como antecessores dessa leva de filmes, o que pode até causar um comparativo, mas traz tanta personalidade, que acaba se destacando, por piadas originais, e uma química muito bacana entre os personagens.
Explorando o surgimento do vínculo entre eles, um grande diferencial é o fato de Sophie querer se tornar uma espiã, dando ótimos momentos de ensinamentos, que vão desde o famoso “caminhar em câmera lenta enquanto há uma explosão de fundo”, e a criação de frases de efeitos antes da porradaria tradicional em filmes de ação.
Com cenas de ação muito bem produzidas, e um leve drama para amolecer o coração dos possíveis “brucutus” que assistirem ao filme, ele entrega todos os elementos possíveis para uma comédia familiar divertidíssima, e que apesar de contar com o núcleo complementado de crianças, não parte para piadas “infantilóides”, apenas deixa com que o público ria do que é apresentado e que os pais expliquem caso algum contexto tenha que ser explicado.