“A Viúva das Sombras” | Crítica

“A Viúva das Sombras” | Crítica

Estreou nessa quinta-feira (25) nos cinemas o terror russo “A Viúva das Sombras”. Assistimos o filme e contamos agora o que achamos.

A produção se diz baseada em eventos reais e conta a história de jovens voluntários que entram em uma mata para o resgate de um garoto. No anoitecer, a comunicação é cortada e sem sinal nos celulares e rádios, o grupo começa enfrentar algo desconhecido e sobrenatural.

A la Bruxa de Blair, “A Viúva das Sombras” tem seus defeitos, mas passa longe de ser um terror clichê. O filme aposta principalmente em um ambiente sufocante e uma trilha sonora amedrontadora para inserir o espectador em um ambiente hostil. Tudo se passa dentro de uma floresta claustrofóbica e tomada por um mal obscuro, invisível e que atormenta os personagens.

Intercalando entre cenas de alta qualidade e outras no estilo found footage (falso documentário) o terror tenta se aproximar ao máximo de uma experiência de “história real”. Aliás, a própria sinopse diz que o filme é baseado em eventos reais.

O jump scare, aqueles sustos do nada e que são clichês da maioria dos filmes de terror atuais, passa longe de “A Viúva das Sombras”. Esse é um recurso pouco utilizado, já que a proposta principal é criar um ambiente de tensão e não de sustos por si só.

“A Viúva das Sombras” não é um filme para qualquer fã de terror. Esqueça os sustos gratuitos, às mortes em qualquer circunstância ou personagens sem noção, elementos que estão presentes aos montes nesse gênero. O longa preza pelos diálogos, detalhes minuciosos e o clima aterrorizante. Afinal, boa parte do longa se passa dentro da mata e numa escuridão completa.

O longa está longe de ser um primor do horror, é um longa no máximo nota 6, mas sem dúvida consegue entregar o que promete. Ele é angustiante, inquietante e aflitivo. Seria uma heresia dizer que ele é uma Bruxa de Blair da nova geração, mas sem dúvida que se constrói com elementos do longa de sucesso de 1999 e agradará quem gosta deste estilo cinematográfico.