“A Febre” é selecionado para o Festival de Brasília e mais outros dois Festivais
“A Febre”, de Maya Da-Rin, participará das mostra competitivas do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e da XII Janela Internacional de Cinema de Recife. Ainda no mês de novembro o filme será exibido em sessão especial no 23º Forumdoc.bh, principal janela para o cinema indígena e etnográfico no país.
O longa estreou mundialmente no Festival de Locarno, na Suíça, conquistando três prêmios (Pardo de Melhor Ator, para Regis Myrupu, prêmio da crítica internacional FIPRESCI e o prêmio “Environment is Quality of Life”). No Festival de Biarritz (França) e no Festival de Pingyao (China) conquistou os prêmios de Melhor Filme. Também recebeu o prêmio de Melhor Direção no Festival de Chicago (USA).
Já tendo presença confirmada em mais de 25 festivais internacionais, “A Febre” será exibido em novembro nos festivais de Thessaloniki (Grécia), Mar del Plata (Argentina), Amiens (França) e Marrakech (Marrocos), dentre outros. A produção é da Tamanduá Vermelho e Enquadramento Produções, em coprodução com Still Moving (França) e Komplizen Film (Alemanha). No Brasil o filme será distribuído pela Vitrine Filmes. A Still Moving é responsável pelas vendas internacionais.
“Estamos muito felizes em exibir ‘A Febre’ no Brasil. Vivemos um momento de efervescência no cinema brasileiro, fruto das políticas cinematográficas dos últimos vinte anos, que está tendo agora a sua continuidade ameaçada. Os festivais sempre foram espaços de resistência, fazendo chegar até o público filmes que nem sempre teriam espaço no circuito comercial, dominado pelos blockbusters, e são fundamentais para a pluralidade e o acesso à cultura. No mês de novembro A Febre será exibido em 13 festivais internacionais e em outros eventos importantes em diferentes regiões do país. Participar de festivais com a importância política e histórica que tem o Festival de Brasília, assim como de seleções tão engajadas com a diversidade da produção nacional, como as do Janela de Cinema e do Forumdoc.bh, é muito especial para nós”, comenta Maya Da-Rin.
A trama narra à história de Justino, um indígena do povo Desana que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar Medicina em Brasília. Como o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Porém, sua rotina do porto é transformada com a chegada de um novo vigia. Nesse meio tempo, seu irmão vem de visita e Justino relembra a vida na aldeia, de onde partiu há mais de vinte anos.