A Divisão | Crítica
“A Divisão”, filme dirigido por Vicente Amorim, aborda a verdade nua e crua da polícia nos anos 90 no Rio de Janeiro, com excessos e apelo necessário a toda aquela situação catastrófica que o estado vivia.
No longa temos o Rio de janeiro na década de 90 como plano de fundo, época onde ocorreu uma grande onda de sequestros. É quando a Secretário de Segurança decide unir três policiais corruptos, junto a um com uma fama de genocida na criação de uma área encarregada a mudar essa situação na cidade, a Delegacia Antissequestro, a fim de mudar o cenário carioca, eles usam de seus artifícios mais “emblemáticos” para obter resultados, assim fazendo com que a DASS reduzisse grandemente o número de casos.
Baseado em histórias reais, o filme é um “copilado” do que a série do Globoplay apresentou, porém com cenas extras e muito bem empregadas a construção do longa. (não, não é necessário ter assistido ao seriado para entender ou acompanhar).
A princípio a montagem se assemelha ao que filme Carcereiros apresenta, a legível sensação de um episódio de série estendido onde teremos que assistir a tudo e mesmo assim ficar sem entender determinadas motivações pois existiram furos demais, porém, isso dura apenas no primeiro ato, logo o enredo te prende, a excentricidade do como tudo vai sendo abordado, e o impacto das cenas vão impressionando, tudo num ritmo de ação intrigante.
Toda a crítica ambientalizada ao sistema de segurança pública, sem glamorização ao policial, como a violência explícita serve justamente para espantar e incomodar o espectador, tudo isso junto à imersão a todo o desconforto, ao poder, as traições, a política e diversos outros perfis que são personificados em personagens fortes e oponentes que o longa retrata de maneira intensa.
Vale e muito a pena conferir e se impressionar, com essa obra de ação, com elementos que lembram Tropa de Elite, em seu modo de retratar a polícia.
“A Divisão” estreia amanhã (23/01) nos cinemas.