16º Curta Santos segue até 20 de outubro com mais de 40 filmes

16º Curta Santos segue até 20 de outubro com mais de 40 filmes

Com o tema “Pra Frente, Brasil”, inspirado na contemporaneidade do filme homônimo de Roberto Farias (1932-2018), lançado em 1968, a 16ª edição do Curta Santos – Festival de Cinema de Santos segue até o próximo sábado (20) com 47 títulos de nove estados do Brasil.

Serão 40 sessões gratuitas em cinco dias, entre curtas e longas-metragens, além de videoclipes. Uma verdadeira maratona para o público que aprecia a produção audiovisual e também tem interesse em discutir a realidade sociocultural, política e econômica brasileira. Ao atingir sua 16ª edição,  ocupa a cidade com 47 obras vindas de nove estados brasileiros, 

Cena da animação “Bolha” de Mateus Alves (divulgação)

Pautada pela reflexão do longa “Pra Frente, Brasil”, a direção de mostras do Festival definiu os filmes da mostra nacional Olhar Brasilis, enquanto os próprios realizadores locais reuniram-se para escolher as obras da seleção regional Olhar Caiçara. A terceira categoria competitiva é a Videoclipe Caiçara, apresentando o trabalho de bandas e artistas da região para a linguagem.

Fiel às premissas de democratizar sua existência e contribuir com a formação de plateias e o fortalecimento do movimento audiovisual da Baixada Santista, o festival ocupa espaços de forma descentralizada, realiza oficinas sobre a produção cinematográfica e traz ainda mostras especiais, com longas-metragens e filmes voltados para o público infantil.

Cena do documentário “Entremarés” de Anna Andrade (divulgação)

 

Programação (Mostra Olhar Brasilis)

Majur
Rafael Irineu | documentário | 20’00” | Rondonópolis/MT | 2018 |
Conheça Majur, chefe de comunicação de uma aldeia no interior de Mato Grosso. O documentário mostra um recorte de um ano de sua vida.

Entremarés
Anna Andrade | documentário | 20’00” | Recife/PE | 2018 |
No chão de lama, mulheres compartilham os seus vínculos e vivências com a maré, a pesca, e a Ilha de Deus.

Repulsa
Eduardo Morotó | ficção | 20’00” | Recife/PE | 2017 | 
Em uma cidade do interior do Brasil chamada Serra da Onça, os membros do Partido do Touro acreditam ser soberanos perante as mulheres, os trabalhadores e as terras, das quais se apossam mediante falsos títulos de propriedade. Manuel Tenório Cavalcanti é o líder desses homens, vai pessoalmente a casa da viúva Dona Iara decretar a saída da agricultora e suas filhas. Ao recusarem ir embora, são vitimas de um massacre, do qual Carolina, a filha mais velha, sobrevive. Ela é levada a casa-grande, aonde dezenas de trabalhadores são submetidos a condições análogas a da escravidão.

 

Bolha
Mateus Alves | animação | 15’00” | Recife/PE | 2018 |
Produzido a partir de pinturas a óleo e acrílico do artista plástico pernambucano Daaniel Araújo, a animação “Bolha” retrata um dia na vida de um jovem em dessintonia com o mundo a sua volta. Deparando-se com uma deformidade em seu corpo, ele busca uma saída.

 

O Vestido de Myriam
Lucas H. Rossi | ficção | 15’00” | Rio de Janeiro/RJ | 2017 | 
Numa casa pacata, um casal de idosos segue a vida em silêncio.

 

Azul Vazante
Julia Almeida Alquéres | ficção | 15’33 | São Paulo/SP | 2018 | 
Uma mãe procura o filho em um leito hospitalar; encontra a filha. entre margens e marés, do centro vaza azul.

 

A Sombra Interior
Diego Tafarel | ficção | 16’22” | Santa Cruz do Sul/RS | 2018 | 
Filho de família patriarcal do interior descobre algo.

 

Carta sobre o nosso lugar mulheres do Vila Nova
Rayane de Almeida Penha | documentário | 13’00” | Macapá/AP | 2017 | 
O documentário apresenta histórias de mulheres que moram e trabalham no garimpo do Vila Nova interior do Amapá. Mostra a força e o poder místico dessas mulheres que se materializam em suas realidades. Mulheres que resistem aos conflitos que fazem parte do universo do garimpo, trabalhadoras, mães, filhas, prostitutas, todas elas vivendo em um universo que parece paralelo ao resto do mundo, uma comunidade de garimpeiros com suas próprias leis e seus próprios comandos, onde enriquecer através do ouro é o único objetivo dos homens. O documentário mostra o cotidiano dessas mulheres através do olhar da diretora do filme que foi moradora da localidade.

 

A gente nasce só de mãe
Caru Roelis | ficção | 19’00”  | Cuiabá/MT | 2017 | 
Inspirado em uma história real, o filme “A gente nasce só de mãe” narra à história de Emilly Barbosa, uma garota de 17 anos vivendo em situação precária com seus dois irmãos menores e o seu filho recém-nascido na periferia da cidade de Várzea Grande, Mato Grosso. Desde que Maria Helena Barbosa, sua mãe, foi morar com novo namorado, a pobreza agrava e um corte de energia incita uma enorme tragédia.

 

Motriz
Tais Amordivino | documentário | 15’00” | Salvador/BA | 2018 | 
Apesar dos olhos d’agua, Bete carrega consigo um sorriso largo que entrelaça a dor, o afeto e a saudade das filhas.

 

Mãe?
Antônio Victor | ficção | 19’57” | Cachoeira/BA | 2018 | 
Rosa é uma mãe que luta para criar sozinha o filho. Criando uma relação de dependência e controle. O filme segue o olhar de uma mãe que endurece com o tempo e tem sua relação com o filho destruída pelo medo, preconceito e pela intolerância.

 

Povoesia
Gabi Madeiro e Gabriela Araruna | documentário | 13’30” | Fortaleza/CE | 2018 | 
Povoesia é uma crença de que o povo é poesia, que a beleza está nas ruas e que a periferia tem uma identidade marcada por expressões e costumes que inspiram. Um documentário que se propõe a lançar um olhar poético e lúdico sobre o tema “periferias”. É a intervenção do sensível como elemento de humanização.

Aquarela
Thiago Kistenmacker | ficção | 15’00” | São Luis/MA | 2018 | 
Com o marido na cadeia, Ana se torna a única responsável pela sobrevivência de sua família. Inclusive a do próprio marido.

 

Tempo          
Victor Uchôa | ficção | 15’00” | Salvador/BA | 2018 | 
João, jovem fotógrafo, retorna a Salvador e encontra o avô com a memória fragmentada pelo Alzheimer.

 


Cena do documentário “Ciclos” de Juliana Gomes e Luiz Roberto Penereiro (divulgação)

Programação (Mostra Olhar Caiçara)

Ana    
Vitória Felipe | ficção | 16’33” | Santos/SP | 2018 |
Ana é uma menina que não se reconhece negra. Jeannette é uma professora refugiada com dificuldades de adaptação no Brasil. Vítimas de racismo, elas descobrem juntas um modo de transformar a si mesmas.           

 

Elza   
Leandro Olimpio | documentário | 20’00” | Santos/SP | 2018 | 
A gente não presta atenção, mas o cineasta sempre escolhe quais cenas entram e quais ficam de fora do filme. Na vida não é diferente, vó. A memória é uma ilha de edição.  

 

Nome Provisório
Bruno Arrivabene e Victor Allencar | ficção | 20’00” | Santos/SP | 2018 | 

Renata, enquanto aguarda a chegada de sua amiga em um restaurante, depara-se com uma família em festa pela gravidez de Márcia e seu marido. A descoberta do sexo do bebê traz à tona uma importante reflexão.                       

 

Shio (Maré)
Bruno Landin | documentário | 14’49” | Santos/SP | 2017 | 
O documentário mostra o cotidiano das pessoas na ocupação do antigo Hotel Japonês, localizado no centro da cidade de Santos-SP. Com 76 quarto em 5 pavimentos, ele abriga 25 famílias que revelam seus sentimentos e sonhos.        

Número Um
Marcela Akaoui | ficção | 19’00” | Santos/SP | 2018 | P&B | paesefilmes@gmail.com | Não recomendado para menores de 14 anos

Número Um conta a história de um crítico de cinema, Giovanni, que decide dirigir seu primeiro filme, e colocar em prática seu conhecimento cinematográfico. Até que experimenta uma frustração ao não conseguir tomar decisões, e ao se deparar com problemas com sua equipe e elenco. Ao percorrer todo o processo fílmico, Giovanni levanta um grande questionamento: O que é ser diretor?        

 

Isolado
Marcos Alves Lemela | ficção | 18’17” | Santos/SP | 2018 | 

Marcelo é um sonoplasta autônomo que convive com a sua depressão preso em seu apartamento. Durante uma de suas captações, ele escuta um som que desencadeia uma paranoia e o leva a investigar. Com o aumento da dosagem de seus remédios controlados, sua sensibilidade aos sons o leva a um caminho turbulento e sem volta.

 

Dia de Feira
Wladimyr Cruz | documentário | 10’06” | Santos/SP | 2018 | 

Um grupo de senhoras que já deram novo lar a mais de 7600 animais na cidade de Santos, mostram como é o dia de uma feira de adoção, deixando bem claro os que vão, os que ficam, e o porquê.

 

Ciclos
Juliana Gomes e Luiz Roberto Penereiro | documentário | 17’11” | Santos/SP | 2018 | 
Inspirado por “Talking Heads” de Krzysztof Kieslowski, o curta-documentário ‘Ciclos’ segue seus moldes para falar sobre identidade ao longo dos anos e de medos através das gerações.

Anchieta      
Marcelo Pereira e Victoria Andria | documentário | 12’21” | Santos/SP | 2018 |
Anchieta é um filme em formato de documentário em curta-metragem que reúne entrevistas com moradores ocupantes do prédio onde funcionou um hospital psiquiátrico de mesmo nome. Suas histórias de vida e acontecimentos dentro da casa, relações de lar, conforto e principalmente com o lugar onde moram fazem-se presentes nesse documentário. O recorte desenvolvido para este documentário é tratar de pessoas, cada uma com a sua visão de vida, de futuro, expectativa, embora todas as dificuldades de morar em uma ocupação, desde preconceitos sociais à falta de água ou vazamento dentro de casa, mesmo em dias de sol. O “”Anchieta”” compreende todas essas relações e não é focado em contexto histórico da casa, mesmo que marcante. Para tratar dessas tais relações, o grupo decidiu que devemos fazer parte do meio para que possamos entender a vida dessas pessoas, e não só retratar. Desse modo, foi desenvolvida uma pesquisa de campo para interação do grupo com os moradores da casa a ponto de eles se sentirem confortáveis com a nossa presença e assim, confiaram as suas histórias à equipe, já que estávamos lá durantes semanas consecutivas e conseguimos alcançar o nosso objetivo inicial de interação.

 

AVE
Gabriel Riccieri, Gustavo von Gal e Thais Machado | experimental | 18’06” | Santos/SP | 2018 |
AVE está voltando de uma festa e enquanto tenta descansar no vagão de volta para casa acaba cruzando com uma figura bem peculiar, o seu inconsciente.      

              

Benito Tilman, O pior cineasta do Mundo     
Dino Menezes | documentário | 20’00” | Santos/SP | 2018 | 
Enquanto todos buscam o sucesso, Benito Tilmann só quer realizar seu próximo fracasso.

 

Pesadelo
Bruno Canuto           | animação | 01’28” | Santos/SP | 2018 | cor | oz4filmes@gmail.com | Livre para todos os públicos   
No meio da noite Julia acorda assustada em um lugar desconhecido e se depara com acontecimentos assustadores. E agora? O que é sonho e o que é realidade?

 

O amor e Ana Josefa
Fiama Virgínia | documentário | 13’18” | Santos/SP | 2018 | 
Ana Josefa de setenta e um anos, nasceu em uma fazenda da antiga cidade de Jeremoabo, hoje, denominada Sítio do Quinto, na Bahia. Mãe de sete filhos, Dona Ana, como é conhecida, vive há mais de quarenta anos em um povoado do interior chamado Pedra Grande do Curtume, pertencente à cidade de Tucano, também na Bahia. Com uma bacia de coentro na cabeça, ela percorreu quilômetros de distância caminhando por todo o município tucanense à fim de vender a planta de porta em porta, e assim, poder gerar renda para si e para sua família. Ao longo do tempo, Ana Josefa, colheu para si, diversas missões e aprovações de braços abertos à todas as oportunidades e pessoas pelas quais conheceu.

 

Devenire
Guilherme Dias e Leonardo Soler | ficção | 09’31” | Guarujá/SP | 2017 | 
Renan, político corrupto prestes a ser preso, planeja matar Mário, um pescador idêntico a ele, e roubar sua identidade, mas após sofrer um naufrágio é resgatado justamente por quem ele planejava matar. A partir daí, desconfianças surgem e nem tudo pode ser o que parece.

 

Carpe Diem
Rafaela Navarro  | ficção | 14’58” | Santos/SP | 2018 | 
Cansados do abandono de suas famílias e dos descasos da casa de repouso onde vivem, Jair, Ana e Luís decidem sair em busca de liberdade.