007 – Sem Tempo para Morrer | Crítica
A partir de hoje (30) nos cinemas se encerra a passagem de Daniel Craig como o agente secreto mais famoso dos cinemas, e nada como terminar a franquia em grande estilo.
Após uma espera de 6 anos, e adiamentos por conta da pandemia, finalmente esse momento chegou, mas pode acreditar que valeu demais a pena esperar por “007 – Sem Tempo para morrer”.
Infelizmente qualquer informação muito detalhada sobre o roteiro pode estragar a experiência do filme, pois são vários os plot twists dos bons, que prometem surpreender muita gente, e dar um “up” em todo o contexto do filme.
Mas o que podemos afirmar sem sombra de dúvidas é o quão audacioso foi esse projeto, ele não só conclui uma fase, ele insere mudanças necessárias e estabelece uma visão ampliada sobre um personagem que até então seguia um padrão há anos. Então podem esperar por uma “quebra de protocolo” em alguns sentidos, e uma perspectiva mais trabalhada protagonista.
Gosto sempre de salientar quando a experiência IMAX faz a diferença em determinados longas, e neste a imersão ao realismo é deslumbrante. O filme possui uma fotografia cheia de paisagens exuberantes, cenas de ação que seguem o nível de qualidade estabelecido pela franquia, junto a uma trilha sonora tão bem escolhida, que acaba nem surpreendendo por se tratar de Hans Zimmer.
Dando um basta na objetificação feminina já bem característica, dessa vez a abordagem é diferente, desde a breve, porém notável, participação de Ana de Armas, que agregou muito mais do que apenas a sua beleza, até a maravilhosa Lashana Lynch, que “roubou a cena” e “tirou onda”, esbanjando carisma e personalidade no papel da nossa primeira 007 feminina e negra (isso não é um spoiler, já havia sido divulgado rs).
Outro “check” na lista de qualidades do filme veio por parte da ótima escolha do Vilão da vez, Rami Malek que convence do início ao fim, com uma caracterização “simples”, olhares pertubadores, trazendo uma estranheza bem única e uma conexão coerente a história. Inclusive tendo grande notoriedade na resolução em um dos arcos de muita importância.
Marcando a história da franquia para sempre Daniel Craig incorporou o personagem de modo perfeito. Introduzindo humanidade e uma maior naturalidade em meio a produções megalomaníacas que foram os últimos 4 filmes, e finalizou sua permanência com o mesmo alto nível que entrou. Com um roteiro completo, com tudo que se tem direito, 007 – Sem tempo para morrer merece fazer um estrondoso sucesso mundo afora, pois soube capturar elementos essenciais para um filme de ação bem-sucedido, e uma brilhante despedida da franquia.
Agora nos resta aguardar ansiosamente para 2022 termos o anúncio do novo (ou nova) grande nome que entrará na história de um clássico do gênero dando vida à este agente tão querido.