Luta por Justiça | Crítica
Profundamente revoltante, entretanto necessário, estreou essa semana o novo filme da Warner Bros. Pictures “Luta por Justiça”, protagonizado por Michael B. Jordan, e baseado numa história real.
Acompanhamos um jovem negro recém-formado em direito em Harvard que decide mudar-se para o Alabama, e se dedicar a casos do corredor da morte, defender homens que o estado julga culpado, mesmo que muitas vezes isso não seja tão bem investigado ou verídico.
Tendo como plano de fundo o falho sistema judiciário e policial de um dos estados americanos com maior taxa de casos de racismo, o longa é focado em dois casos bem peculiares que explicam o quão defasado e preconceituoso todo conflito é explorado.
Com diálogos carregados e intensos, e monólogos emocionantes, a sensação de murro no estomago com tudo o que é mostrado é constante, um trabalho sensacional dos atores Jamie Foxx e Rob Morgan.
O longa se perde levemente em como desenvolver seus personagens secundários, como a abrangência das histórias dos vizinhos de cela de Walter McMillian (Jamie Foxx), no entanto é justamente com um deles que temos uma das cenas mais fortes e comoventes.
Longe de ser perfeito, o filme carrega em si tanto a se compartilhar, a todos aqueles que realmente acham que o racismo está no caminho de ser “extinto”, assistam e questionem algum negro, se mesmo hoje a quase 30 anos após os fatos mencionados, e num país diferente, se já vivenciou algo semelhante ao que é apresentado em todo desenvolvimento do filme. Os olhares, o tratamento diferente e principalmente o medo de quem na verdade deveria proteger.