Editoras se manifestam diante de censura da Prefeitura do RJ na Bienal do Livro
A notícia de que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, obrigou a Bienal do Livro do Rio de Janeiro de retirar a Graphic Novel, “Vingadores: A Cruzada das Crianças” por apresentar um beijo gay entre dois personagens repercutiu pela internet e algumas editoras se manifestaram repudiando tal atitude.
Em suas redes sociais, algumas editoras reforçaram suas publicações com a temática LGBTQI em seus estandes na Bienal do Rio e se manifestaram repudiando a atitude.
Foi o caso da Editora Nemo e da Editora Gutenberg, do grupo Autêntica que se manifestou, expondo suas obras com a temática e reforçando o apoio à diversidade:
A Companhia das Letras divulgou uma nota repudiando a atitude de censura e também reforçando seu acervo na Bienal:
A Editora Objetiva publicou o estande dedicado as publicações LGBTQI que se encontra na Bienal, reforçando também o apoio à diversidade:
Mesma atitude da Planeta de Livros Brasil que também postou seu conteúdo, repudiando as ações de censura por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro:
A Editora WMF Martins Fontes também manifestou seu repúdio às tentativas de censura em suas redes sociais:
Sem citar o caso, mas fazendo alusão ao fato ocorrido, a editora DarkSide também se manifestou apoiando a diversidade:
Pelo instagram, a Faro Editorial afirmou que irá colocar em maior visibilidade no seu estande na Bienal os livros com a temática LGBTQI.
Em nota, a Bienal Internacional do Livro Rio disse que “dá voz a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser”.
Leia a nota na íntegra:
“A Bienal Internacional do Livro Rio, consagrada como o maior evento literário do país, dá voz a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser. Este é um festival plural, onde todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá três painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA+. A direção do festival entende que, caso um visitante adquira uma obra que não o agrade, ele tem todo o direito de solicitar a troca do produto, como prevê o Código de Defesa do Consumidor.“
A Secretaria de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro realizou uma fiscalização nas dependências da Bienal do Rio na manhã desta sexta-feira (06/09) para identificar e lacrar livro com conteúdo “impróprio”. A atitude fez com que a organização da Bienal entrasse com um pedido de mandado de segurança preventivo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) para garantir o pleno funcionamento do evento.
A fiscalização não resultou em nenhuma apreensão.
O manifesto maior veio por parte do próprio público, já que a HQ se esgotou em pouco mais de meia hora, um dia depois da tentativa de proibição por parte da prefeitura do Rio. A organização da feira afirmou que às 9h39 todos os pontos que tinham a graphic novel já não tinham mais revistas.