Dolittle | Crítica
Um pouco mais de 20 anos após o sucesso do filme protagonizado por Eddie Murphy, que acabou se tornando uma franquia, chega aos cinemas nessa quinta (20/02) o reboot de Dr Dolittle, protagonizado por nada mais do que Tony Stark (Robert Downey Jr).
Bem diferente do seu antecessor, nessa nova proposta temos muito além de um filme de comédia onde os bichos falam e roteiro “pastelão”.
Agora com um investimento ainda mais pesado em seu protagonista (ainda tentando entender de quem foi a ideia de chamar Downey Jr), muito, mas muitas cenas em CGI e um enredo bem construído.
Com similaridades ao filme original de 1967, que também se ambientava na Inglaterra, o longa tenta mesclar drama, comédia e aventura de forma bem linear. Ele é narrado de maneira parecida ao estilo de como fábulas são contadas. O filme trata despretensiosamente de um roteiro simples, e ousa grandiosamente em toda a estrutura com seus efeitos.
A interação com os animais segue divertida e ainda mais explorada, afinal o elenco de dublagem é cheio de nomes grandes da indústria, desde o ganhador do Oscar, Rami Malek, a estrela pop Selena Gomez.
O longa traz também diálogos e mensagens sobre positividade, união e o companheirismo dos animais de forma bem singela e interessante. Todo o contexto é muito brando, é como se fosse uma “balança metafórica” onde a produção “bruta da coisa” ficasse encarregada de transformar a sobriedade de um roteiro simples em audácia em sua magnitude.
Apesar de ter recebido duras críticas negativas, que impactaram diretamente a sua bilheteria lá fora, acredito que pelo público infantil ele será muito bem recepcionado. Portanto, assista sem pretensão, abrace a nova história e assim sairá do cinema entretido.