“Bohemian Raphsody”

“Bohemian Raphsody” é um hino a banda Queen. Em uma super produção, o filme traz o ótimo Rami Malek (Mr. Robot), na pele da lenda do Queen. Não será surpresa se Malek aparecer na lista de selecionados para o Oscar de melhor ator. Ele está excelente incorporando um dos artistas mais talentosos, controversos e cheio de trejeitos como Freddie Mercury.

Interpretar histórias reais nos cinemas sempre traz uma sobrecarga maior sobre os protagonistas, mas Rami Malek é tão carismático que é impossível sair achando defeitos nele como Mercury.

O vocalista do Queen não só era conhecido pelo seu talento vocal, mas por suas performances marcantes. Ponto aliás, que dá a diretriz na história.

O visual de Freddie é bastante explorado e Malek retrata bem todo o gosto peculiar do cantor em roupas extravagantes e que não passam despercebidas. O longa também retrata o peso da fama e os excessos de Freddie Mercury.

Uma vida que se intercalava entre o sucesso absoluto e a solidão sem fim. O roteiro não foge das polêmicas da vida de Freddie como sua sexualidade e a AIDS. Pelo contrário, explora os assuntos mostrando a dificuldade de Mercury em assumir sua homossexualidade e a irritação com os preconceitos.

Dando atenção também ao medo da morte quando descobre a doença. Entretanto, Freddie não baixa a guarda e coloca a música acima de qualquer coisa na vida dele.

A cantoria do filme se ouve no tom mais Mercury e menos Malek. A voz de Rami Malek foi mixada com a de Freddie Mercury e com a do cantor Marc Martel. Apenas um detalhe técnico que em nada tira os méritos da boa interpretação do ator.

A trilha sonora traz grandes clássicos do Queen e é pura nostalgia para os fãs.

Freddie Mercury foi um artista dos excessos. Ser pequeno pra ele não servia. Fazer sucesso era pouco e por isso ele se tornou uma lenda e o filme consegue emocionar a todos nesse contexto.