As Invisíveis | Crítica
Eis que o cinema francês vem chegando com tudo esse ano, dessa vez com um drama espetacular, pronto para emocionar muita gente, estreia nessa quinta-feira (20/02) “A Invisíveis”, filme da Supo Mungam Films, dirigido e roteirizado por Louis-Julien Petit.
No longa, depois da decisão da prefeitura em fechar as portas de um abrigo para mulheres, as deixando totalmente ao léu, sem um ambiente seguro e acolhedor para se acomodarem, quatro assistentes sociais encaram a batalha de reintegrar essas mulheres na sociedade, as auxiliando em sua autoconfiança e atributos que até então estavam “adormecidos” com toda a situação e vivencia que as levaram até ali.
É no mínimo questionável ver o como filmes, novelas e séries “pitam” a (o) assistente social como as “Vilãs”, por quase sempre levar o filho de alguém para o juizado de menores ou seja lá qual for a jurisdição da história em questão, ou mesmo visitar famílias em busca de achar algo errado que os façam perder a guarda de alguma criança. Já reparam? Infelizmente é essa a imagem que carregamos de uma (um) profissional tão complexo em suas funções.
“As Invisíveis” aborda uma faceta bem distinta da imagem que estamos acostumados, acompanhamos de maneira quase documental de tão crua e real, o altruísmo e a sensibilidade por parte de servidoras que mesmo com suas vidas de certa forma “instáveis” em determinadas áreas, encontram paixão no que fazem, empaticamente ampliam suas funções pelo simples fato de querer ajudar.
O título ao filme vai justamente aos perfis de mulheres que convivem no ambiente em que o filme se passa, que sem opção nenhuma dada a suas situações foram “podadas” pela vida de alguma forma, as inferiorizando aos demais na sociedade, mal sabendo que força interior sempre esteve presente e que suas questões para estarem ali como pobreza estrema, a ilegalidade no país, o preconceito e falta de oportunidades farão parte de suas histórias, mas que ela não precisa ser sempre assim.
Intenso e extremamente necessário, o filme expõe uma realidade triste, e que por mais que pareça distante, está mais próximo de ti do que imagina. Enxergue-as.